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O que é HDL e LDL?

Muitas vezes, quando o médico pede para fazermos um exame de sangue, várias substâncias são dosadas, e em muitos casos é possível observar o aparecimento dessas siglas: HDL e LDL, embora poucas pessoas saibam o que ela são e qual o significado clínico delas. Porém, antes de falarmos sobre o que é LDL e HDL é preciso voltar ao começo, no colesterol.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia considera o colesterol aumentado como uma doença grave. É por isso que, ao longo do ano, várias campanhas são lançadas com o intuito de conscientizar a população sobre seus riscos e também para mostrar como ela pode ser prevenida ou controlada.

Neste post vamos explicar o que é HDL, LDL, colesterol e muito mais. Confira!

O que é o colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura produzido no organismo, mas também pode ser consumido na alimentação por meio de produtos de origem animal. A presença dessa substância é importante, pois faz parte da composição das células e da bainha de mielina, além de ser precursor de vários hormônios, da bile e de metabolizar algumas vitaminas.

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Como o colesterol é uma substância gordurosa, ele não se mistura no sangue e deve ser transportado juntamente de proteínas produzidas pelo fígado. Essa associação colesterol-proteína (conhecida como lipoproteína) se fragmenta em formas e composições diferentes. Cada um desses fragmentos é conhecido por uma sigla: VLDL, LDL e HDL, sendo que o HDL e o LDL são as que apresentam os significados clínicos mais importantes.

O que são HDL e LDL?

Para entender sobre colesterol é muito importante saber o que é LDL e HDL. LDL é uma sigla do inglês que representa Low-density lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade, enquanto HDL quer dizer High-density lipoprotein, ou lipoproteína de alta densidade. O VLDL significa Very-low-density lipoprotein, ou proteína de densidade muito baixa, e exerce uma função semelhante à LDL, diferindo-se apenas na composição de cada uma.

Tanto o LDL quanto o VLDL são responsáveis por transportar a gordura do fígado para os tecidos e esse processo pode acarretar a deposição desse material nos vasos sanguíneos durante o transporte. Já o HDL é responsável pelo transporte inverso, ou seja, retira a gordura dos tecidos e leva de volta para o fígado para ser metabolizado.

Nesse raciocínio, podemos denominar o LDL como colesterol ruim e o HDL como colesterol bom.

Por que é importante fazer a dosagem de colesterol?

Quando fazemos a dosagem dessas frações lipoproteicas no sangue é possível avaliar a quantidade de colesterol circulante. Pelo fato do LDL e do VLDL estarem associados com a deposição de gordura nos vasos sanguíneos, se os valores estiverem muito elevados, pode-se suspeitar do risco de formação de uma placa aterosclerótica, que leva à obstrução do vaso sanguíneo. O que justifica o título de colesterol ruim.

Já os valores mais elevados de HDL indicam que a retirada da gordura dos vasos está sendo feita de forma eficiente, exercendo uma função “protetora” e reduzindo o risco de aterosclerose. Fato que justifica o seu título de colesterol bom. Os valores de referência atualmente considerados para o HDL e para o LDL são:

HDL:

  • menor que 40 mg/dL – baixo;
  • entre 41 e 60 mg/dL – normal;
  • maior que 60 mg/dL – alto (ótimo).

LDL:

  • menor que 100 mg/dL – ótimo;
  • entre 101 e 130 mg/dL – normal;
  • entre 131 e 160 mg/dL – normal/alto;
  • entre 161 e 190 mg/dL – alto;
  • maior que 190 mg/dL – muito alto.

Como regular os níveis de colesterol?

De uma forma geral, alterações na dieta e exercícios físicos têm bons resultados no controle dos níveis de colesterol. Procure ter uma alimentação rica em gorduras insaturadas (origem vegetal) e evite o excesso de gorduras saturadas (origem animal) e gorduras trans (como salgadinhos, biscoitos industrializados, sorvetes e margarinas), pois essas substâncias potencializam a ação aterosclerótica da LDL.

Os exercícios físicos ajudam a diminuir os níveis de LDL e a aumentar os níveis de HDL de forma bastante eficiente, pois auxiliam na queima calórica e ativam enzimas que regulam o metabolismo do colesterol.

Já para os casos mais graves é possível também associar medicamentos a esses dois fatores para fazer o controle das frações de colesterol. Não deixe de procurar o médico e o farmacêutico para obter orientações mais específicas a respeito de cada caso.

Quais são os perigos dos problemas causados pelo colesterol?

Sabemos que esse composto é um tipo de gordura muito importante para o bom desenvolvimento do organismo, mas ele precisa ser controlado. Tanto o colesterol baixo quanto o alto oferecem sérios riscos à sua saúde.

No caso do colesterol alto, o principal perigo existente é a chance do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que podem colocar em risco a sua saúde. Entre as principais, podemos listar:

  • infarto;
  • insuficiência cardíaca;
  • aterosclerose;
  • pressão alta.

Esse tipo de doença pode se manifestar a qualquer momento e, se não forem tomados os cuidados necessários, podem levar o indivíduo a óbito. O colesterol baixo, por sua vez, também representa um grande risco ao seu bem-estar.

Como o colesterol é encontrado em maior quantidade no cérebro, as baixas taxas podem resultar no comprometimento da sua função cerebral, podendo estimular o pior tipo de AVC.

O colesterol baixo também está correlacionado ao desenvolvimento do Alzheimer, além de piorar o estado de pacientes que já têm problemas de doenças cardíacas.

Quais são os principais sintomas do colesterol alto e baixo?

Infelizmente, não existem sintomas que possam indicar se você está com o colesterol alto ou baixo. Por isso, é importante que você esteja atento ao que pode influenciar no surgimento dessa doença e que comece a se prevenir.

Os fatores que influenciam o desenvolvimento do colesterol baixo são:

  • obesidade;
  • alimentação rica em açúcar;
  • alimentação derivada de gorduras trans ou saturadas;
  • sedentarismo.

Já os fatores que auxiliam no desenvolvimento do colesterol alto são:

  • cigarro;
  • diabetes;
  • obesidade;
  • inatividade física;
  • histórico familiar;
  • cirrose;
  • hipotiroidismo;
  • insuficiência renal;
  • alimentação rica em gorduras.

Outros sintomas, como falta de ar, dor de cabeça, palpitação, cansaço e dor no peito podem estar associados a outras doenças que são causadas pelo aumento ou diminuição do colesterol.

Como é possível diagnosticar o problema?

Como os níveis anormais do colesterol é uma doença que não apresenta sintomas, ele só pode ser diagnosticado por meio de um exame de sangue e acompanhamento com profissionais da saúde. Por isso, é de suma importância que você mantenha os seus exames de rotina em dia, a fim de garantir o seu bem-estar e, se necessário, um tratamento rápido e eficaz para controlar o desenvolvimento da doença.

O paciente deve buscar auxílio médico, caso exista histórico familiar de colesterol alto, excesso de peso ou doenças relacionadas ao excesso de peso. Se a causa da elevação do colesterol for hereditariedade, o indivíduo pode apresentar níveis elevados de colesterol LDL já ao nascer, sendo recomendado o acompanhamento médico desde a infância.

Pode ser um clínico geral ou, se você tiver preferência por especialista, o cardiologista é o profissional indicado.

Lembre-se: quanto mais rápido o diagnóstico, maiores são as chances do sucesso no tratamento. Caso trate-se de uma doença crônica, será possível medicá-lo antes que a patologia se agrave. Portanto, não deixe de fazer seus exames e procure um médico para definir que tipo de tratamento será necessário.

Quais os principais tratamentos para problemas de colesterol?

Alimentação correta

Uma alimentação correta é o melhor tratamento para reduzir o colesterol. A dieta deve ser pobre em gorduras e bastante rica em fibras e alimentos integrais, e deve ajudar na redução de peso. Um profissional da saúde, como um nutricionista pode te ajudar a montar um cardápio ideal.

Existem alguns alimentos que ajudam a baixar o colesterol. Confira!

  • legumes;
  • frutas;
  • grão integrais (aveia, linhaça e chia);
  • carnes magras (peixe e frango sem pele);
  • produtos de soja, leite e iogurte desnatados;
  • ervas para temperar os alimentos;
  • queijos brancos como a ricota.

É recomendado também preparar alimentos cozidos, grelhados, no vapor ou com pouco óleo durante o cozimento. É importante ressaltar que a berinjela é um bom remédio natural para reduzir o colesterol. Ela pode ser utilizada em receitas e sucos ou em forma de cápsulas.

Exercícios físicos

A atividade física é uma ótima forma de normalizar os níveis do colesterol e tratar doenças cardíacas, pois além de reduzir o peso, aumenta a quantidade e o tamanho de músculos no corpo e reduz o estresse.

O ideal é praticar exercícios aeróbicos como andar de bicicleta ou caminhar diariamente por aproximadamente 30 minutos. Também é recomendada a prática de exercícios de alongamento e de atividades que aumentem a força muscular, como a musculação.

Pode-se aproveitar pequenas oportunidades do dia para ser mais ativo, como usar as escadas em vez do elevador e da escada rolante, fazer compras caminhando e sair para dançar, por exemplo.

Remédios que podem ajudar

Primeiramente, é importante frisar que o tratamento com utilização de remédios para reduzir o colesterol deve sempre ser recomendado pelo médico. O início do uso desses medicamentos depende de alguns fatores como pressão arterial, idade, se a pessoa fuma ou não, valor do colesterol bom e dos triglicerídios, se tem diabetes e se há parentes com colesterol alto e doença cardíaca.

Alguns remédios geralmente utilizados para o tratamento do colesterol são: Atorvastatina, Lovastatina, Sinvastatina e Vytorin. A escolha varia de pessoa para pessoa, porque depende de fatores como a idade e o nível do colesterol.

Quais as principais dicas para reduzir o colesterol ruim?

Cortar alimentos que aumentam esse colesterol

É preciso evitar alguns alimentos?

  • açúcares;
  • pães doces;
  • sorvetes;
  • bolos;
  • doces em geral;
  • embutidos como salame, salsicha e linguiça;
  • carnes gordas como toucinho, tripas, bacon e moela;
  • comidas congeladas como lasanhas e pizza;
  • frituras em geral;
  • manteiga e margarina;
  • queijos amarelos como cheddar e mussarela.

É muito importante evitar gorduras trans. Geralmente, elas são encontradas em margarinas e biscoitos, bolachas e salgadinhos comercialmente assados — muito ruins para os níveis de colesterol. Elas não só elevam o colesterol LDL (“ruim”) total, mas também reduzem o colesterol HDL (“bom”). Lembrando que alimentos com “óleos parcialmente hidrogenados” apresentam gorduras desse tipo.

É importante também tomar cuidado com as fontes mais concentradas de colesterol, como gema de ovo, carnes de órgãos e produtos de leite integral. No lugar deles, utilize cortes de magros e leite desnatado.

Ter acompanhamento médico

O paciente deve buscar auxílio médico, caso exista histórico familiar de colesterol alto, excesso de peso ou doenças relacionadas ao excesso de peso. Se a causa da elevação do colesterol for hereditariedade, o indivíduo pode apresentar níveis elevados de colesterol LDL já ao nascer, sendo recomendado o acompanhamento médico desde a infância.

Pode ser um clínico geral ou, se você tiver preferência por especialista, o cardiologista é o profissional indicado.

Por fim, agora que você já sabe o que é LDL e HDL e os riscos que a falta do controle do colesterol representam, é indispensável que você cuide da sua alimentação, evite o consumo excessivo de álcool, realize atividades físicas e, acima de tudo, livre-se do cigarro. Essa mudança de hábito vai proporcionar a você uma boa saúde e uma excelente qualidade de vida.

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