Você sabe porque o hemograma total é tão importante? Descubra aqui!
Entre os exames periódicos mais comuns está o hemograma total. Ele analisa uma série de componentes do sangue, a partir de amostras laboratoriais coletadas com praticidade. Apesar de ser simples, os resultados são amplos e muito valiosos para a avaliação da saúde, já que podem dar pistas sobre diversas doenças e disfunções.
Continue a leitura e saiba para que serve o hemograma completo, como ele é feito, o que os resultados indicam e quando você deve realizá-lo!
Para que serve o hemograma total?
O hemograma é um exame laboratorial muito completo e útil no diagnóstico de problemas de saúde. Ele avalia o volume dos três grupos principais de células presentes no sangue, sendo que cada um tem uma função e pode dar pistas sobre diferentes problemas de saúde:
- as hemácias (glóbulos vermelhos) transportam oxigênio;
- os leucócitos (glóbulos brancos) são responsáveis pela defesa de infecções;
- as plaquetas são importantes para a coagulação do sangue.
Além disso, a análise serve para observar outras características do sangue, como a concentração de hemoglobina, o volume corpuscular (média do tamanho das hemácias), entre muitas outras.
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Por que é um exame importante?
Ao analisar as células sanguíneas, o hemograma total consegue revelar doenças graves e que exigem tratamento rápido. Alguns dos problemas de saúde que esse exame consegue identificar são:
- diferentes tipos de anemias;
- infecções bacterianas;
- presença de parasitas no intestino;
- riscos de trombose;
- presença de hemorragias;
- leucemia e outros cânceres sanguíneos;
- doenças renais;
- deficiências nutricionais.
Como a análise é muito ampla, o hemograma total normalmente é realizado quando há suspeita de alguma doença ou um tratamento em curso. Assim, o médico consegue confirmar um diagnóstico ou conferir se o paciente reage bem às medicações ou radiações.
Como o hemograma total é realizado?
A realização do hemograma é muito simples, rápida e livre de riscos. Basta que sejam coletadas algumas amostras de sangue em tubos, que serão enviados ao setor de análises do laboratório. A coleta dura pouquíssimos minutos e os resultados podem sair no mesmo dia. Em check-ups regulares, o hemograma deve ser feito anualmente.
Quais os valores de referência para o hemograma?
Geralmente, eles variam de acordo com sexo e idade do paciente. Esse exame é dividido em três partes: eritograma, leucograma e contagem de plaquetas. Elas indicam características específicas do nosso sangue e a possibilidade de avaliar alguns sintomas. Veja mais informações na sequência.
Eritrograma
Aqui, são avaliadas as características das células vermelhas do sangue, mais conhecidas como hemácias. Essa parte do exame de hemograma também verifica a quantidade de glóbulos vermelhos e características morfológicas dessas células. Confira abaixo como o eritrograma é subdividido e os valores de referência.
Hematócrito
Essa é a parte do eritrograma que demonstra a porcentagem do volume ocupado pelas hemácias no volume total do sangue. Os valores de referência são de 35 a 47% para mulheres e 38 a 52% para homens.
Quando o exame apresenta valores acima da referência, é possível que o paciente esteja sofrendo de desidratação e policitemia. No caso de valores abaixo do nível de referência, pode ser que ele seja diagnosticado com anemia, perda excessiva de sangue, deficiência de ferro ou doença renal.
Hemoglobina
Essa parte do eritrograma apresenta a quantidade de hemoglobina, um dos componentes essenciais para as hemácias e responsável pelo transporte de oxigênio. Os valores de referência variam de acordo com o sexo. Para mulheres, o normal está entre 12 e 16 g/dL. Para homens, a hemoglobina normal é entre 13 e 18 g/dL.
Valores acima do nível de referência podem ser característicos de um quadro de policitemia, insuficiência cardíaca e doenças pulmonares. Já valores abaixo do normal podem indicar gravidez, anemia megaloblástica, doença hepática ou desnutrição.
Volume corpuscular médio (VCM)
Ajuda a identificar o tamanho das hemácias, que podem estar em tamanho elevado quando sofrem tipos específicos de anemia, como falta de vitamina B12 ou de ácido fólico.
Os valores de referência para homens e mulheres são de 80 a 100 FL. Valores abaixo podem indicar que a pessoa sofre de anemia por deficiência de ferro ou de origem genética, por exemplo, a talassemia.
Hemoglobina corpuscular média (HCM)
Verifica a coloração da hemácia. Com isso, ela indica a concentração total na hemoglobina. O valor de referência para ambos os sexos é de 27 a 32 PG.
A HCM elevada indica que o paciente pode ter anemia hipercrômica. Um valor abaixo da referência pode indicar que o paciente apresenta anemia por falta de ferro ou quadro de talassemia.
Concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM)
Indica a concentração de hemoglobina por hemácia. O valor de referência para ambos os sexos é de 31 a 36 g/dL. Pessoas com resultados dentro desse intervalo estão fora do diagnóstico de anemia.
RDW
O índice RDW mostra a amplitude de distribuição de glóbulos vermelhos. Isto é, ele representa a porcentagem de variação do tamanho entre as hemácias no sangue.
O valor de referência para ambos os sexos é de 10 a 16%. Um valor acima indica que as hemácias apresentam tamanhos variados, o que pode ser uma pista para o início de anemia por deficiência de ferro ou vitaminas.
Leucograma
O leucograma é importante para diagnosticar doenças infecciosas, alergias e parasitoses. Ele vai analisar os leucócitos, principais células de defesa do nosso organismo. É possível verificar o número total de leucócitos e os tipos celulares característicos dele, por exemplo, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos.
Neutrófilos
Os valores de referência para neutrófilos em homens e mulheres são de 0 a 800/uL. Um número superior provavelmente representa câncer, trauma, estresse ou inflamação como gota. Um número inferior é característico de falta de vitamina B12, uso de esteroides ou anemia falciforme.
Eosinófilos
Os valores de referência de eosinófilos são de 0 a 500/uL. Números acima representam verminoses, colite ulcerativa ou doença provocada por verminoses. Números abaixo podem indicar infecção bacteriana ou viral ou uso de corticoides.
Basófilos
Os níveis normais de basófilos variam de 0 a 200/uL. Um nível superior a esse pode representar leucemia, mieloide crônica, catapora ou policitemia. Um nível inferior pode indicar infecções agudas, gravidez ou hipertireoidismo.
Linfócitos
A quantidade normal de linfócitos no organismo varia de 900 a 4000/uL. Valores elevados de linfócitos indicam que a pessoa pode estar com quadro de caxumba, sarampo ou infecções agudas, como mononucleose infecciosa. Valores abaixo do nível de referência indicam infecção ou desnutrição.
Monócitos
A quantidade normal de monócitos no sangue está entre 100 e 1000/uL. Valores acima representam leucemia monocítica, infecção por protozoários ou doença de armazenamento lipídico. Valores abaixo representam anemia aplásica.
Contagem de plaquetas
As plaquetas atuam de maneira acessória na coagulação sanguínea. O seu número de referência varia entre 150.000 e 450.000/mm3 no sangue. Valores elevados de plaquetas podem ser preocupantes.
Isso porque pode ser indicação de coágulo de trombos sanguíneos, aumentando as chances de desenvolvimento de trombose e embolia pulmonar. Já quando os valores são bem reduzidos é comum o paciente ter maior risco de sangramentos.
Essas foram algumas informações sobre para que serve o hemograma completo. Como vimos, o exame consegue detectar doenças graves. Sendo assim, não realizá-lo periodicamente eleva os riscos de identificar algum problema tardiamente. Para realizá-lo, basta contar com um laboratório de segurança.
Se ficou com alguma dúvida sobre o exame, não deixe de entrar em contato conosco para que possamos auxiliá-lo!
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