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O que é a amilase pancreática e de que forma indica doenças?

A amilase é uma enzima digestiva fabricada pelo pâncreas e pelas glândulas salivares. A quantidade normal da presença dessa substância no corpo de um adulto varia entre 20 e 160 unidades/litro. Quando a concentração é superior a essa margem, pode ser sinal de inflamação ou doença no pâncreas. Já quando a concentração é baixa, pode indicar insuficiência pancreática ou doenças graves no fígado.

Você já deve saber o quanto o check-up é importante para prevenir doenças, cuidar da saúde e se manter saudável. Os exames de sangue e de urina podem detectar inúmeras doenças, entre elas, as que estão relacionadas ao nível de amilase pancreática no organismo.

O pâncreas é uma glândula localizada entre o estômago e a coluna vertebral. Ele produz a insulina, hormônio responsável pelo controle da quantidade de açúcar no sangue, e também uma enzima chamada amilase. Essa substância atua na digestão dos alimentos, transformando o amido e o glicogênio presentes nos carboidratos em moléculas menores.

Os exames que analisam a quantidade de amilase presente no indivíduo são indicadores de algumas doenças, como a pancreatite e o câncer pancreático.

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Quando se trata de saúde, a prevenção é a melhor prática para garantir tranquilidade. Descubra a importância do controle da amilase pancreática e veja quais exames você deve solicitar ao seu médico!

Por que fazer o controle da amilase pancreática?

Os médicos utilizam os valores de referência da amilase pancreática para descobrir a existência de doenças, principalmente as associadas à atividade do pâncreas. Porém, ao medir o nível da enzima, é possível descobrir problemas em outros órgãos, por exemplo, nos rins.

A amilase elevada, além da pancreatite, sinaliza as seguintes doenças: apendicite, caxumba, cetoacidose diabética, insuficiência renal, úlcera perfurada, entre outras.

Já quando a taxa da enzima no organismo é baixa, quer dizer que as células produtoras da amilase pancreática estão sendo destruídas. Nesse caso, há possibilidade de o paciente estar desenvolvendo cirrose, fibrose cística em estágio avançado, hepatite ou, em mulheres, toxemia gravídica.

Como o exame é feito?

Há duas maneiras de verificar a quantidade de amilase pancreática presente no nosso organismo, que são o exame de sangue ou de urina.

Para o exame de sangue, não é necessário fazer jejum preparatório. No entanto, não é recomendada a ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que precedem a coleta. Se sua taxa de amilase for medida por meio da urina, é possível fazer a avaliação por meio da amostra de 2 ou 24 horas.

Siga as instruções repassadas pelo laboratório e entregue o material coletado em casa ao atendente.

Quais são os valores de referência?

Os valores de referência são dados numéricos que revelam a normalidade ou alteração no resultado do exame. Esses números variam de acordo com a faixa etária do paciente e a categoria do exame. A seguir, confira as referências para o caso da amilase pancreática.

Exame de sangue:

  • mais de 60 anos: de 24 a 151 unidades/litro;
  • menos de 60 anos: de 25 a 125 unidades/litro.

Exame de urina:

  • coleta de 2 horas: de 2 a 34 unidades/hora;
  • coleta de 24 horas: de 24 a 408 unidades/hora.

Como interpretar os valores de referência do ponto de vista fisiológico?

Considerando esses valores de referência vai ser possível identificar se há problemas de saúde no pâncreas ou nas glândulas salivares e, em especial, a pancreatite aguda. De forma geral, é possível observar mudanças fisiológicas a partir de situações em que o valor do exame varia acima ou abaixo da referência. É o que vamos analisar a seguir.

Amilase alta

Quando o exame registrar quantidade superior em relação aos valores de referência, trata-se do caso de amilase alta. Isso pode significar várias situações, por exemplo, pode ser sinal de comprometimento da glândula salivar ou problemas relacionados ao pâncreas, como a pancreatite aguda e crônica. Além disso, a amilase alta pode significar:

  • inflamação no trato biliar, o mais comum é colecistite;
  • úlcera péptica;
  • câncer pancreático;
  • dutos pancreáticos obstruídos;
  • hepatites virais;
  • gravidez ectópica;
  • insuficiência nos rins.

Geralmente a pancreatite registra níveis de amilase 6 vezes superiores ao valor de referência. Mas isso pode variar de acordo com a gravidade da lesão pancreática. Os principais sintomas desse problema são dor progressiva no abdômen, dor irradiada nas costas, vômitos e náuseas, icterícia e erupções na pele.

É importante salientar que quando há aumento da amilase em função da inflamação no pâncreas é comum que este não produza mais o hormônio da insulina. É por isso que também em situações de pancreatite aguda o paciente começa a desenvolver sintomas de diabetes, tais como vontade excessiva de beber água e urinar com frequência, cansaço extremo sem ter feito atividade intensa, transpiração excessiva e emagrecimento.

O tratamento para os casos de amilase alta exigem hospitalização do paciente. Isso porque é necessário que a inflamação no pâncreas seja estabilizada e controlada, evitando crises da doença. O tratamento, de modo geral, envolve o uso de medicamentos tais como líquidos intravenosos e analgésicos. Também é recomendável nos casos mais graves uma cirurgia para remoção do tecido pancreático infeccionado.

Além disso, é importante que o paciente com amilase alta tome alguns cuidados para evitar a elevação desse índice. Isso pode ser feito evitando consumo de álcool, pois essa substância causa irritação no pâncreas e no fígado. Também é recomendado evitar o uso de medicamentos que possam causar um efeito de aumento das enzimas no sangue.

Também, recomenda-se ter uma alimentação com baixo teor de gordura e alta quantidade de fibras, bem como não se deve esquecer de aumentar a hidratação e ingestão de líquidos.

Amilase baixa

Quando os valores do exame de amilase são inferiores aos valores de referência está registrado a situação de amilase baixa. Esse caso é mais comum em pacientes hospitalizados, em especial aqueles que fazem tratamento à base de glicose. Nesse caso é recomendado que seja feita a aferição da amilase até duas horas depois da ingestão de qualquer alimento.

Além disso, a amilase baixa pode indicar lesão permanente nas células responsáveis pela produção da própria amilase. Isso pode indicar pancreatite crônica, mas outros exames mais específicos devem ser realizados para concluir esse tipo de diagnóstico.

Essas foram algumas informações sobre a amilase. Diagnosticar alterações na produção da amilase pancreática é fundamental para evitar ou tratar muitas doenças. Realizar o exame laboratorial para saber como está o nível dessa enzima no seu corpo é a melhor forma de avaliar o seu estado de saúde. Com o resultado em mãos, o médico indicará o recurso mais apropriado para você, caso seja necessário.

Neste post, você aprendeu a importância da amilase como um indicador de doenças. Caso tenha alguma dúvida sobre a realização do exame, entre em contato conosco que vamos esclarecê-la sem demora!

2 Comentários

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  1. Meu exame de amilase deu 166, tenho 57 anos, é normal ou indica algo grave?
    Obrigado!

    • Olá Isaías,

      Seria interessante você acompanhar o nível de amilase em seu organismo e procurar um médico para realizar um acompanhamento. Não há como afirmarmos que indica algo grave essa amilase aumentada sem ter uma análise clínica de um médico.